sexta-feira, 24 de agosto de 2012

"Você sabe qual é o seu problema, lindinha!?"


“Sabe qual é o seu problema, lindinha?! Você é boa, você não é ruim, não! Você é boa, sim! Mas sabe qual é o seu problema!? Você fica na média; umas provas estuda mais e tira 90 e outras, você tira 60, 70. E não sai disso!!  Você fica sempre ali na média!” disse uma vez meu professor de história à plenos pulmões, para mim e aos outros quarenta alunos que estavam na sala de aula junto comigo.
A primeira coisa que pensei foi: “Precisa disso, seu puto! Eu sempre prestei atenção nas suas aulas, sempre fui boa aluna, não sou a melhor, mas também, não sou ruim!”. Acontece que o puto tinha razão, detesto admitir, mas é verdade a “média” sempre me satisfez. Outro professor de história, meu pai, mais de uma vez me falou enquanto tomávamos café: “Beatriz, você sempre foi inteligente, mas nunca foi boa aluna! Estudar, estudar, tu nunca foi muito chegada, não!”.
Já na faculdade, outro professor conhecido por sua disciplina, por ser um acadêmico sem tirar nem pôr, me explicou olhando minha prova: “Olha, você simplesmente não fez o que eu te pedi, você não respondeu, mas pelo menos você escreve bem”.  “Sou uma estudante de merda, mas aparentemente escrevo direitinho, é só você repara nos erros pastéis de regência e concordância” – pensei eu.
Resumo da ópera, como aluna - Olha o cacófago, devassa! - eu sempre fui medíocre e como diria Caetano para produção da MTV: “Vergonha, Cara! (...) põe essa p...  pra funcionar direito!” encontre algo que te satisfaça, que te deixe feliz e no estudo,  amor, na carreira, vai fundo, faz acontecer! Papai do céu já esclarecia aos “mais ou menos” de plantão: “Porque és morno e não és frio nem quente, vomitar-te-ei da minha boca!”. Agora, Senhor, ajuda tua filha! Porque eu tô feito Macunaíma, eu sei o caminho, mas “Aí que Preguiça!”.
                 

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Last.Fm

http://www.lastfm.com.br/
                  Não sei se vocês já fazem parte do Last.fm?!? Posso estar passando vergonha aqui, por estar dando noticia velha mas beleza rsrs. O Last.fm funciona como rede social musical e Web rádio. Lá, você abre um conta, faz um perfil e começa ouvir as rádios.     
          O que achei muito legal neste site são as “Tags” (exemplo “Grunge” “Indie” “Alternativo”) que são relacionados á vários músicos da categoria. Ok, não gosto muito de rótulos, porém, a ferramenta te ajuda muito a encontra novos artistas ligados ao som que você gosta.  
          Vale a pena conferir o site. É um bom modo de conhecer novos músicos. Ele ainda, ainda funciona como rede social mesmo, dá para encontrar seus amigos e conferir o que eles andam ouvindo.

sábado, 14 de maio de 2011

Amizade é coisa tola mesmo

Amizade é coisa tola mesmo. Lembro-me que alimentei e cuidei de uma amizade por uma vizinha certa vez.  Não me lembro de ter afinidades com a tal menina. Lembro-me inclusive que éramos bem diferentes, ela era mais nova, mais criança em alguns aspectos. Eu era mais velha, mais velha inclusive que sua irmã que tinha mais idade que eu.

Sentia-me mais velha e isso não me incomodava, nem me envaidecia. Era uma percepção, na companhia delas eu me sentia velha. Talvez, lá no fundo, eu tivesse certo prazer em me sentir mais madura. Mas isso é navegar em águas profundas e por hora, quero mesmo é navegar em águas perto da costa, onde as coisas são mais claras.

O que eu gostava era do desinteresse, saber que não deveria provar nada, não havia o que desapontar, não havia projetos, não havia planos, era só uma conversa no quintal da casa dela, tão importante quanto uma conversa de quintal pode ser. O que nos unia, então?

 Não sei, essa pergunta ainda me dá uns arrepios. Creio que nunca mais vou voltar a ter aquela amizade vazia de expectativas. Devo admitir era um deslumbre pisar nas folhas secas do quintal e conversar sobre nada e o nada perdurava horas a fio. Enquanto houvesse o encontro e o quintal, haveria a amizade. O que nos divertia e cativava era tão somente a companhia.


quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Êta, vida besta, meu Deus!!


             Vejo as mesmas bocas, tocando nos mesmos assuntos, rondando curiosas sobre temas já visitados a tempos atrás, eu respondo, continuo, mostro desinteresse e me calo.
             A curiosidade matou o gato e um dia ainda vai me matar de tédio. Eu simplesmente não entendo o falar pelo simples prazer de comentar e repetir o mesmo comentário já amarelado de tão velho.
            Perto ou distante não importa, seu irmão ou o Seu Geraldo, morador do 505, lembra? Ele se separou da esposa, sabia? Nem sei mais se ele mora aqui. A última vez que o vi, foi quando, Meu Deus? Ah, foi no aniversário da sua prima. Aliás, como ela engordou, não é?
            Mas a fofoca não está completa se não é seguida de uma boa e polida desculpa para se tocar na vida alheia “gosto tanto da fulana”, “Seu Geraldo tá abatido, não?” e segue o também de praxe Mas eu não tenho nada ver com isso mesmo, deixa pra lá, não é?”
             Fofoca tem lá seus contras, pensando bem eu nem a repudio por completo mas porque eu haveria querer saber de um assunto tão à toa, que nada me diz respeito e quando me deparo com tais pessoas arfando por tamanhas bobagens, tento disfarçar meu fastio enquanto repito comigo mesma as palavras de Drummond: êta, vida besta, Meu Deus!!

I'm Back ...

... Ando meio sumida porém pretendo voltar a escrever sempre que puder e escrever me faz um bem danado!! O motivo da minha ausência é mais sem vergonha de todos: A preguiça!! A todos os meus leitores, meu sincero: Foi mal, minha gente!!

domingo, 5 de setembro de 2010

            Eu quase sempre estou só e quando acompanhada continuo isolada por costume. Não foi isto que escolhi mas, o que se impôs a mim. Tendo oportunidade ninguém estaria sozinho. O próprio Deus, sendo ele Deus, preferiu ser Trino. Se pudesse escolher minhas tias engravidariam depois dos trinta cinco, se pudesse optar minha me daria irmãos, minhas tias me dariam primos e eles morariam perto da minha casa e se houvesse alternativa minha infância seria mais ruidosa e agitada.
           Falando em barulho, Há quem odeie barulho e maioria destes vivem sós. O solitário, mesmo que esteja calado, consegue ouvir o som da sua própria voz e isto se não é a maior, é uma das maiores belezas do caminhar à mãos soltas. O barulho acaba com a possibilidade de se ouvir, impede qualquer tipo devaneio e quando se tentar questionar sobre suas escolhas a televisão responderá sua pergunta com a cotação do dólar.
           Já disse isso, porém é bom enfatizar, se pudesse escolher estaria acompanhada. O que não me falta são pessoas na vida a quem amo e amo de diferentes formas, todas estas me fariam excelente companhia. Os que amo estão distantes demais e os que desconheço estão perto, vivo só num mar gente de todos os tipos, cores e sotaques. Eu facilmente trocaria a pluralidade dos sotaques pelos arrastar do erre e assobiar dos esses dos meus, tão meus e tão distantes.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Angústia talvez ...



Não sei... Eu nunca fui mesmo uma pessoa preocupada. Eu sou desligada, e ponto. Não que nada não me aflija, porém dificilmente algo me tira paz.
Esses dias eu tenho tido sentimentos realmente novos e acabo me surpreendendo com aquilo que me engasga e aperta o meu próprio peito. Preocupação não é daqueles sentimentos atordoantes que te apanham de surpresa. É o inflar de uma inquietação que surge do nada, parece que lhe falta algo e não se sabe ao certo o quê, uma aflição crescente, não te desespera, mas te consome aos poucos.
É saudade ou é tristeza? É tudo e não é nada. Não acontece realmente, sem dores, sem cortes aparentes, nada, nenhum rastro de enfermidade. Droga de irritação constante e insistente. O mundo está certo, o problema é você que está torto.
Melancolia, vazio que te desprende do chão e te joga num marasmo de tristeza fina, neblina fria, tão fria para estar sozinho. Parece até que já faz horas que não ouço ninguém chamar pelo meu nome.
“Não tem nenhum terror no (buh), somente na expectativa dele." Alfred Hitchcock tem razão. O susto nunca é maior que a expectativa atrás dele. Eu realmente acredito nisto, como se adiantasse. O que te preocupa, te domina (Haddon W. Robinson).