quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Êta, vida besta, meu Deus!!


             Vejo as mesmas bocas, tocando nos mesmos assuntos, rondando curiosas sobre temas já visitados a tempos atrás, eu respondo, continuo, mostro desinteresse e me calo.
             A curiosidade matou o gato e um dia ainda vai me matar de tédio. Eu simplesmente não entendo o falar pelo simples prazer de comentar e repetir o mesmo comentário já amarelado de tão velho.
            Perto ou distante não importa, seu irmão ou o Seu Geraldo, morador do 505, lembra? Ele se separou da esposa, sabia? Nem sei mais se ele mora aqui. A última vez que o vi, foi quando, Meu Deus? Ah, foi no aniversário da sua prima. Aliás, como ela engordou, não é?
            Mas a fofoca não está completa se não é seguida de uma boa e polida desculpa para se tocar na vida alheia “gosto tanto da fulana”, “Seu Geraldo tá abatido, não?” e segue o também de praxe Mas eu não tenho nada ver com isso mesmo, deixa pra lá, não é?”
             Fofoca tem lá seus contras, pensando bem eu nem a repudio por completo mas porque eu haveria querer saber de um assunto tão à toa, que nada me diz respeito e quando me deparo com tais pessoas arfando por tamanhas bobagens, tento disfarçar meu fastio enquanto repito comigo mesma as palavras de Drummond: êta, vida besta, Meu Deus!!

Um comentário:

  1. A vida alheia é um crime que a gente comete todo o dia, mesmo que internamente... É triste que só o tempo que perdemos, que bom que você evita... Que legal o título!

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